NAS ASAS DO PERDÃO
Voa ligeira
Águia altaneira,
Singra estes ares
Qual bravios mares.
Solta, no grito,
O que está escrito;
Mostra, no ato,
O poder dos fatos.
Conta a história
Da vida, em glória,
Pro ser humano,
Ainda profano.
Dize a esta gente,
Soberba ou clemente,
Que a troca de penas,
Da Lei, é lema;
Que mente e emoção,
Regendo a ação,
Expõe o colorido
Presente ou no olvido;
Que o pensamento exara,
Em nós, “jóias raras”,
Luzes de traços eloquentes,
Ora fracos ora potentes;
Que as luzes exprimem
E, no éter, imprimem
A nossa marca
Ao pé da íngreme escarpa;
Que nosso Himalaia
Se nos ensaia
A entrada estreita
Da porta eleita.
Voa, voa ligeira,
Livre ave altaneira!
Mostra-me o veio
Do tesouro que anseio.
Qual estrela cadente
Ao “cair”, sorridente,
Leva a todos, no bico,
O presente mais rico:
Como Lei, no presente, impera
O amor que é presente e gera
Presente de suma importância,
Da vida, doce substância.
Toma, livre, do céu, o rumo,
Faze do teu voo, o resumo
Da transformação, via destra,
Tronco, da cruz, viga mestra.
Voa, querida águia, e zela
Pelo ensino que revela
O poder da cura em ação:
Voa e voa nas asas do perdão!
Graça Guardia
Pelo Espírito Juliana (10.04.2006)