A VOZ DO SILÊNCIO
Como crianças de colo
Imploramos com o olhar
Auxilio pra caminhar.
Grande é nossa carência,
Neste vale de lágrimas,
Alimentada por nossa imprudência.
Custamos a compreender
Que somos, do efeito, a causa,
Fazendo por merecer
A dor que nos assola
E corrói a nossa alma
Para a cura promover.
Negamo-nos a assentir
Que, com um simples pensamento,
Podemos, o irmão, ferir.
É quando a intuição nos revela,
Dentro de nós, a fera
Que precisamos combater.
Como nossos inimigos,
Somos potentes amigos
Do ego a empreender
Luta insana pra amealhar
Tesouros que a traça rói
E enferrujam no ar.
Agora, silentes, quedamos
Procurando avaliar
As falhas a resgatar.
Por onde começar
Se ainda meio tontos
Só conseguimos nos acusar?...
Eis que uma doce voz ressoa
E, em nossa alma, ecoa:
__”Vai e não peques mais.”
Ah! Somos Um com o Pai
E, como “deuses”, também criamos
O de que vamos desfrutar.
E passamos a questionar
A exemplo de Saulo ante a Graça:
__”Senhor, que queres que eu faça?”
Novamente doce voz ressoa
E, como d’outra vez, ecoa,
Bem dentro de nosso Ser:
__Sê sincero contigo mesmo,
Ama-te em primeiro lugar
E, deste amor, estende,
Através do olho simples,
A alegria de ser
UM com o Todo Onipotente
Trabalhando para ajudar,
Servindo para merecer
E amando para amado ser.
Graça Guardia
Pelo Espírito Carlos Henrique (25.08.2014)
Graça Guardia
Enviado por Graça Guardia em 18/10/2015
Alterado em 29/11/2015