CAMINHEIROS
Na estrada da vida,
Caminhamos alheios
Ao que nos cerca
Sem muitos rodeios.
Viemos perfeito
E, por conta própria,
Com conduta imprópria,
Caímos desfeitos.
Ainda célula única
Tornamo-nos múltiplas
No ventre materno.
Oh! Duo eterno...
Divinos na essência
Mas teimosos pra valer,
Preferimos aprender
Através da imprudência.
Somos seres livres,
Deus que nos livre!
Viva o livre arbítrio!
Quanto conflito!
__Senhor, como a planta
Que procura o sol,
Buscamos o crisol
Do amor que suplanta.
Suplanta a dor,
Suplanta a tormenta
Que tanto atormenta
Sem luz e sem cor.
Agora desfeitos,
No fundo do poço,
Reconhecemo-nos, Senhor,
Herdeiros por direito.
Direito ao amor,
Direito à vida
Que, em nós, habita
Com tanto clamor.
Caminheiros, nós,
Trazemos no seio
Todo o anseio
Em forma de nós.
Como a crisálida
Que, o casulo, exara
E, fortalecida,
Voa sem aparas,
De cegos errantes,
Pelo amor, despertos,
Com asas vibrantes,
Voamos libertos.
Obrigado, Senhor!...
Graça Guardia
Pelo Espírito Cláudio (02.07.2003)
Graça Guardia
Enviado por Graça Guardia em 07/12/2015
Alterado em 07/12/2015