GRAÇAS  DAMOS,  PAI  DE  AMOR!
 
Graças damos, Senhor,
Por Seu amor, a nós estendido,
Em cada gota de orvalho que evita
O crestar da flor que desabrocha,
Em cada rio que sacia a terra,
Em cada mata que, o ar, refresca
E em cada cachoeira que, com força e beleza,
Canta as maravilhas da natureza.
 
A cada passo, em cada olhar,
A cada instante e em todo lugar,
A criação reflete e, de amor, repleta
A estrada estreita
De nós, caminhantes.
 
Nós O sentimos, Senhor,
No olhar do caboclo que, a terra, aduba,
Da índia bronze que, a mata, enfeita,
Do esquimó que a geleira enfrenta,
Do oriental que, com sutileza, cultiva
Tradições holísticas do poder de cura,
Do ocidental que exibe a ciência
Como instrumento
Que encobre o medo de se descobrir
E esconde, inseguro mas persistente,
O sentimento, que o coração segura,
De, Filho do Altíssimo, já se sentir.
 
De tão imensa disparidade
Que tudo une e, num só laço, revela,
Na adversidade,
O fulcro coeso da unicidade,
Desponta o saber sereno
Que o amor semeia e, de amor, enfeita,
Neste tempo, o tempo sem tempo
Do viver lhano e perfeito.
 
De tão simples e, por grandioso,
Cegos ficamos e, temerosos, evitamos
Enxergar e amar, no irmão,
A Divina Essência
Num “renascer” do Espírito.
 
Graças damos, Pai de amor!
Que possamos justificá-Lo,
A cada instante,
Em cada atitude,
E, no todo sempre,
Fiéis,
Santificá-Lo.
 
 
Graça Guardia
Pelo Espírito Francisco (28.04.2008)