VOU FAZER DO TEU JEITO
“Luizinha”, por nascimento,
Me achando com direitos,
Por filho, de merecimento
Das dádivas dos eleitos,
Qual gota d’água, “despenquei”
Do alto d’uma cachoeira
E quase louco fiquei
Com tamanha barulheira.
Num remanso fui parar,
Rolando e tremendo
Depois de muito “nadar”,
Buscando entendimento.
Lutando pra sobreviver,
Rejeitei, por orgulho puro,
Confiando no “meu poder”,
Auxílio num Porto Seguro.
Muitas lágrimas derramei
“Com frio, fome e sede”
E, na depressão, entrei,
Triste qual peixe na rede.
No auge de meu suplício,
Mão amiga me agasalhou
E, como Vento, sussurrou:
__Estou contigo desde o início.
__Bebe a água deste “poço”
Para a sede saciar.
Confia em Deus, seu moço,
Ele pode te ajudar.
Doce paz me envolveu
E, com renovado vigor,
Por ver quem me socorreu
“Cego” fiquei pelo esplendor.
Isto aconteceu comigo
Mesmo sem eu merecer.
__Obrigado, meu Amigo,
Nunca vou Te esquecer.
__Ei, tu que estás me ouvindo,
Presta bastante atenção:
Recebe do Pai, sorrindo,
A dádiva da expiação.
Agradece, sempre, o que torna,
Precioso, cada segundo.
Reverencia a dor que orna
De flores o teu mundo.
__Senhor!
Agora sei, somos eleitos,
Mas muita coisa mudou
E, pra sentir que Eu Sou,
Vou fazer do Teu jeito!
Graça Guardia
Pelo Espírito Carlos (07.03.2016)
Graça Guardia
Enviado por Graça Guardia em 15/04/2016
Alterado em 15/04/2016